Iberê Camargo - Paisagem 1941 |
___________________________________________________Retratos, paisagens, naturezas-mortas, carretéis, explosões abstratas, tudo feito com paixão emergindo de uma força estranha. Tudo expressava um momento, muito longe da inércia.Em 1980, num incidente em uma das ruas do Rio de Janeiro, o artista matou um homem. O caso teve enorme repercussão. Esse episódio deixou Iberê extremamente abalado fazendo com que o artista retornasse ao figurativismo. Iberê volta para Porto Alegre em 1982, abrindo seu atelier na rua Lopo Gonçalves. Continua a produzir muito, em 1986 abre seu atelier no bairro Nonoai, e lança o livro No andar do tempo – 9 contos e um esboço autobiográfico.Sua obra torna-se trágica, com figuras esquálidas, onde pode-se ver incutido no artista, a tragédia: mais solidão e sofrimento. Sua vida foi, praticamente, transportada para as telas, tanto em suas fases tumultuadas como nas mais calmas. Suas pinceladas deixaram uma história rica na trajetória das artes.Todo o artista deixa sua vida nas telas brancas e frias; acabada a obra, tudo vira história, emoção, beleza e riqueza de detalhes. Mas, marcado por tragédias pessoais, a obra de Iberê mostra pinceladas dramáticas e amargas nos últimos anos de sua vida.Ver link Iberê Camargo nesse blog: AQUI_
- Acróstico para Iberê Camargo (por Jair Lopes)
Imperioso
nesse estilo sem concessão
Beleza
estará nos olhos de quem a vê
Ele
não divaga, vai ao olho do furacão
Reproduz
a dor sem dizer nem porquê.
Ênfase
na expressão e traço indefinido
Contraria
as escolas por aí renomadas
Assume
a tristeza e morte sem alarido
Mestre
de visões originais e inusitadas.
A
Iberê me curvo em muda admiração
Registro
minha reverência mais sincera
Grande
no Brasil e neste velho mundão
O
mais instigante criador que houvera.
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