10.9.08

PINTURA ROMANA ANTIGA

detalhe do afresco vila dos Mistérios - Pompéia

Conhecida há séculos como a Cidade Eterna, Roma é um dos lugares mais impressionantes do mundo. Sua história é marcada pelas conquistas de seus soberanos e pelo desenvolvimento de sua sociedade. Foi às margens do rio Tibre, na região central da península itálica, que floresceu por quase 12 séculos uma civilização que transformaria para sempre a história do mundo ocidental.

O Império Romano começou a se formar em torno do mar Mediterrâneo por volta do século VIII antes de Cristo e sucumbira no século V da era Cristã. Um período importante da história ocidental que serve até hoje como referência no mundo moderno. Sua herança direta se encontra presente em diversas áreas – na arquitetura, nas leis do Direito, no idioma, na política e na filosofia do Ocidente. A história de Roma é estudada desde sua origem, passando pela fase Monárquica, pela República até o Império.

Roma começou a ser povoada a partir de 2000 a.C. Povos que descendiam dos arianos gregos se deslocaram para o centro e para o sul da península Itálica. Estes povos primitivos formaram vários grupos: latinos, samnitas, úmbrios, volscos e sabinos.

Roma chegou a governar o mundo, foi o Centro do maior Império da antiguidade e sua influência foi sentida em toda a Europa, parte da Ásia e parte da África, pois os romanos tinham como objetivo a conquista do mundo. Os romanos dedicavam-se à arte de governar e fazer leis.

Os etruscos influenciaram culturalmente a grande maioria dos povos itálicos. Mas a maior influência cultural e artística foi legada à Roma. As primeiras manifestações artísticas verificadas em Roma foram o Templo de Júpiter, na colina do Capitólio onde se encontrava a célebre lôba em bronze, ligada à lenda de Rômulo e Remo. Introduziram o átrio das habitações e o arco como elemento fundamental na arquitetura. 
Progressivamente os etruscos perdem força e passam a unir-se à arte romana. 

 Mulher tocando cítara


Afresco da Vila dos Mistérios - Pompéia  /  clique obra
O romano antigo não era um povo dotado de imaginação criadora e sensibilidade artística. Possuía era senso prático e político. Adaptou ao seu temperamento utilitarista, e, sobretudo, aos seus interesses políticos, as formas artísticas dos povos que ia conquistando e submetendo.

As influências gregas foram as mais decisivas na sua arte. Recebeu-as primeiro através dos etruscos, povo industrioso de remotas e obscuras origens gregas, instalado no meio da península.

Depois foram as influências das colônias gregas do sul da Itália e da Sicília. Finalmente influências diretas da Grécia, depois da conquista militar, quando em Roma se tornou moda adotar idéias e costumes gregos. Enquanto os gregos pensavam que as coisas úteis deveriam ser belas, os romanos diziam que o belo deveria ser útil.

Por isso, na técnica e na expressão, a pintura romana é uma variante da pintura grega das fases clássica e helenística. Apenas, por ser de caráter prático, o romano acentuou-lhe as finalidades decorativas, aplicando com maior freqüência à arquitetura, dando-lhe forte realismo.


Zeus - influência etrusca / clique foto
Estátua equestre de Marco Aurélio - Museu Capitolino / clique foto
Dedicando-se à arte da guerra não tinham tempo para as Belas-Artes. Mas quando conquistaram a Grécia, em 146 a.C. sofreram a influência do espírito grego. Como dizem os versos de Horácio:

"A Grécia vencida subjugou o feroz vencedor com a fascinação de sua arte."

O império Romano foi grandioso, mas o luxo, a indolência, o vício e a corrupção levaram os romanos à decadência e à extinção do seu império. Com a queda do Império Romano do Ocidente tem início a Idade Média.

Loba / Rômulo e Remo mamando - no templo de Júpiter

Os afrescos da cidade de Pompéia - soterrada pelo vulcão Vesúvio no séc I a.C – representam bem este período antigo. Cenas do cotidiano, figuras mitológicas e religiosas e conquistas militares foram temas das pinturas romanas, já que Roma era voltada para isso e para coisas estritamente práticas. Pintavam paisagens, retratos, e pinturas retratando suas conquistas.

Usavam tinta feitas com materiais retirados da natureza, como de metais em pó, substâncias retiradas da madeira ou extraídas de moluscos.

As cidades de Pompéia, Herculano e Stabia foram as mais importantes e, muito de sua arte pictórica, foi destruída pela erupção do Vesúvio no ano 79 a.C.

Por isso a  dificuldade de serem mostradas as antigas pinturas em superfícies lisas – quadros arquitetônicos fantásticos.

Afresco Römischu Meister Um
Afresco romano - Enéas e Di
Afresco Vila Farnesina




fontes: 
A cidade Eterna ed.Escala; 
Introdução da Arte ed.Mercado Aberto
Carlos Cavalcante, a pint.romana.