Peter
Paul Rubens, filho de pais flamengos (região belga). Nasceu em Siegen,
na Alemanha em 1577. Seu pai era advogado protestante de Antuérpia,
que fugira para a Alemanha para escapar à perseguição religiosa.
Após
a morte do pai, em 1587, voltou à Antuérpia acompanhado da mãe.
Na Alemanha foi batizado Calvinista, mas tornou-se católico. Durante
as décadas 1620 e 1630 tinha como patrono personalidades das mais
influentes da Europa, dentre eles os reis Carlos I, Felipe IV, Maria
de Médice, os Mantuas, as igrejas os quais encomendavam uma grande
variedade de obras.
Seu
atelier em Antuérpia era bastante movimentado, repleto de
assistentes e aprendizes. Entre seus alunos estavam Van Dyck, Jan
Brughel e outros gênios. Produzia centenas de composições com
desenhos previamente preparados por ele e que retornava, depois às
suas mãos para a arte final. Rubens tornou-se um artista
independente aos 22 anos. Anos depois, pode já comprar uma luxuosa
casa, com jardim, no centro de Antuérpia.
Recebeu
muitas encomendas prestigiosas, entre elas o Levantamento da Cruz
/1610, A Deposição da Cruz / 1611, A Casa de Banquete de Inigo
Jones. Foi bastante influenciado por Ticiano do qual quando foi à
Madri, pode copiar algumas de suas obras. Familiarizou-se e teve influência de Veronese, Rafael, Leonardo
da Vinci e Tintoretto. Seus trabalhos sempre expressavam vivacidade,
movimento, delicadeza e elegância, e com isso e outras
particularidades, alcançou fama mundial.
Sua
segunda esposa, Hélène Fourment, de 16 anos, aparece em várias de
suas obras. Rubens ficou amigo de Caravaggio e logo ingressou nas
altas-rodas. Famoso e rico, no fim da vida sua pintura acalmou-se, num
estilo de quietude intimista, querendo agarrar a natureza. As
composições deixaram de ser assimétricas, com menos movimento e
mais sentimento. A calmaria das paisagens substituiu a variedade de
cores do antigo barroco. Diminuiu a intensidade da mistura do sacro com o profano, trocando um pouco a intensidade cromática
pelos detalhes humanos.
Faleceu em 1640, em Antuérpia aos 63 anos.
Faleceu em 1640, em Antuérpia aos 63 anos.
O
MASSACRE DOS INOCENTES (obra acima)
Abandonado por quase um século num cômodo escuro de um mosteiro austríaco, a obra O Massacre dos Inocentes, foi catalogado no século 18 como autoria do artista flamengo Jan van den Hoecke – seguidor de Rubens. Em 2001, no entanto, descobriu-se que a obra é de um dos maiores nomes da arte flamenga de todos os tempos: Peter Paul Rubens. Pintado por volta de 1611 o quadro é um dos que o artista fez sobre o massacre de todos os meninos recém-nascidos, da Judéia, ordenado pelo rei Herodes para evitar a vinda do Messias, ou seja, de Jesus. A solidez dos corpos dos soldados, a harmonia de uma composição exuberante e complexa, a vivacidade das cores, a expressividade das variadas emoções perante o horror do infanticídio, com soldados arrancando bebês dos braços de suas mães, são alguns dos pontos altos da obra. O quadro revela nítida influência dos grandes mestres italianos: a cor do veneziano Ticiano, as formidáveis figuras humanas de Michelangelo e do claro-escuro de Caravaggio. (National Gallery / Londres)
ALGUMAS OBRAS:
A adoração dos reis magos – 1609 (Museu do Prado)
A adoração dos reis magos – 1624 ( Museu Koninklijk, Bélgica)
Prometeu
acorrentado – 1611 (Museu de Arte da Filadélfia)
A
deposição da cruz – 1614 (Catedral de Antuérpia, Bélgica)
Retrato de Suzanne Fourment - 1625 (National Gallery, London)
O casaco de peles – 1638 ( Museu Koninklijk, Bélgica)
Samson and Delilah - 1610 (National Gallery, London)
Os
silenos bêbados - 1617 (Pinacoteca de Munique)
O
sentido da visão – 1617 (Museu do Prado)
Suzanna and the Elders - 1608
Assumption of the Virgin Mary - 1626
The Rainbow landcape - 1636
Romulus and Remus 1616
Caça aos leões – 1616
The Three Graces - 1635
Grandes Artistas ed. SextanteReferências:
Grandes Pintores - Derengoski
Bravo 100 Obras Essenciais