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Pedro Geraldo Escosteguy nasceu em Santana do Livramento – RS/Brasil, no ano de 1916. Em 1938, já morando em Porto Alegre, concluiu o curso da Faculdade de Medicina da Universidade do Rio Grande do Sul.
Especializou-se em Gastroenterologia, inovou técnicas cirúrgicas, implantou e desenvolveu serviços sociais, publicou vários livros científicos e lecionou em cursos de aperfeiçoamento. Exerceu a profissão de médico por 42 anos, e sempre voltado para as questões sociais e políticas.
Paralelamente iniciou-se na poesia, migrou para o conto, ingressou nas artes plásticas. Criou uma obra própria de cunho vanguardista, veiculando através das palavras, pensamentos e imagens uma interação entre a sensibilidade e a necessidade de um posicionamento crítico.
O modernismo conscientizou e procurou trabalhar a tensão entre a produção de arte no Brasil e a sua ligação com a produção européia. Mas não era suficiente uma arte que fosse só brasileira e moderna; ela deveria ser também social, vinculada aos problemas do povo e destinada a ele.
Então surgiu um grupo de intelectuais e artistas que planejavam criar uma arte brasileira, atingindo os elementos pictóricos capazes de elaborar imagens cujo ineditismo fosse resultado da sua identidade com a cultura nacional.
É importante lembrar que por ocasião da mudança de Escosteguy para o Rio de Janeiro, e do relacionamento pessoal com Antônio Dias - seu genro na época -, Escosteguy estreitou sua convivência com Hélio Oiticica, Carlos Vergara, Roberto Magalhães, Antônio Maia, Ruben Gerchman, Ângelo de Aquino e Lígia Clark, com quem se encontrava em salões, eventos, mostras e bienais, possibilitando importantes correntes e reflexões conjuntas ao discutir as correntes da arte contemporânea do pós-guerra.
Pedro Escosteguy trouxe uma valiosa contribuição teórica e prática para o desenvolvimento da vanguarda carioca que se articulou a partir de ‘Opinião 65’. Forneceu o apoio teórico e intelectual ao quarteto neo-realista: Antônio Dias, Ruben Gerchman, Carlos Vergara e Roberto Magalhães.
Pedro Escosteguy iniciou, pois, como neo-realista e concretista, um processo vanguardista que finalizou na Nova Objetividade Brasileira, participando dos significativos movimentos de vanguarda de sua época.
Sua obra denunciava o temor que rondava a geração pós-bomba atômica, com seus valores em decomposição diante da própria existência Sua preocupação era em ‘dizer’, por isso procurou caminhos mais sólidos, não se preocupando com a estética, puramente.
Encontrou, através de sua obra e de sua poética vanguardista, um espaço para opinar sobre a arte e a política, assumindo uma semântica social voltada para a natureza urbana imediata, contra o regime militar e ditatorial, através da palavra ou da frase, em busca de associações rápidas por parte do espectador.
O artista procurou técnicas e efeitos, utilizou os mais diversos materiais disponíveis em seu tempo, com o intuito de causar sensações no espectador não apenas através da visão como também do tato. Empregou o acrílico, a madeira, as resinas, fibras, tecidos, tinta acrílica, colas. Cria obras com profundidade e relevo.
Escosteguy conseguiu passar sua inquietação e marcou seu lugar como um dos principais artistas da vanguarda brasileira. Seu amor à arte, suas convicções, sua generosidade para com os seus semelhantes e sua personalidade cativante e forte não passaram despercebidos àqueles que tiveram o privilégio de compartilhar de seus ensinamentos e de sua vida. E eu tive, pelos laços de parentesco que nos unia.
Foi casado com Marília Tavares Utinguassú e tiveram duas filhas, Norma e Solange.
Especializou-se em Gastroenterologia, inovou técnicas cirúrgicas, implantou e desenvolveu serviços sociais, publicou vários livros científicos e lecionou em cursos de aperfeiçoamento. Exerceu a profissão de médico por 42 anos, e sempre voltado para as questões sociais e políticas.
Paralelamente iniciou-se na poesia, migrou para o conto, ingressou nas artes plásticas. Criou uma obra própria de cunho vanguardista, veiculando através das palavras, pensamentos e imagens uma interação entre a sensibilidade e a necessidade de um posicionamento crítico.
O modernismo conscientizou e procurou trabalhar a tensão entre a produção de arte no Brasil e a sua ligação com a produção européia. Mas não era suficiente uma arte que fosse só brasileira e moderna; ela deveria ser também social, vinculada aos problemas do povo e destinada a ele.
Então surgiu um grupo de intelectuais e artistas que planejavam criar uma arte brasileira, atingindo os elementos pictóricos capazes de elaborar imagens cujo ineditismo fosse resultado da sua identidade com a cultura nacional.
É importante lembrar que por ocasião da mudança de Escosteguy para o Rio de Janeiro, e do relacionamento pessoal com Antônio Dias - seu genro na época -, Escosteguy estreitou sua convivência com Hélio Oiticica, Carlos Vergara, Roberto Magalhães, Antônio Maia, Ruben Gerchman, Ângelo de Aquino e Lígia Clark, com quem se encontrava em salões, eventos, mostras e bienais, possibilitando importantes correntes e reflexões conjuntas ao discutir as correntes da arte contemporânea do pós-guerra.
Pedro Escosteguy trouxe uma valiosa contribuição teórica e prática para o desenvolvimento da vanguarda carioca que se articulou a partir de ‘Opinião 65’. Forneceu o apoio teórico e intelectual ao quarteto neo-realista: Antônio Dias, Ruben Gerchman, Carlos Vergara e Roberto Magalhães.
Pedro Escosteguy iniciou, pois, como neo-realista e concretista, um processo vanguardista que finalizou na Nova Objetividade Brasileira, participando dos significativos movimentos de vanguarda de sua época.
Sua obra denunciava o temor que rondava a geração pós-bomba atômica, com seus valores em decomposição diante da própria existência Sua preocupação era em ‘dizer’, por isso procurou caminhos mais sólidos, não se preocupando com a estética, puramente.
Encontrou, através de sua obra e de sua poética vanguardista, um espaço para opinar sobre a arte e a política, assumindo uma semântica social voltada para a natureza urbana imediata, contra o regime militar e ditatorial, através da palavra ou da frase, em busca de associações rápidas por parte do espectador.
O artista procurou técnicas e efeitos, utilizou os mais diversos materiais disponíveis em seu tempo, com o intuito de causar sensações no espectador não apenas através da visão como também do tato. Empregou o acrílico, a madeira, as resinas, fibras, tecidos, tinta acrílica, colas. Cria obras com profundidade e relevo.
Escosteguy conseguiu passar sua inquietação e marcou seu lugar como um dos principais artistas da vanguarda brasileira. Seu amor à arte, suas convicções, sua generosidade para com os seus semelhantes e sua personalidade cativante e forte não passaram despercebidos àqueles que tiveram o privilégio de compartilhar de seus ensinamentos e de sua vida. E eu tive, pelos laços de parentesco que nos unia.
Foi casado com Marília Tavares Utinguassú e tiveram duas filhas, Norma e Solange.
Até seu falecimento, no ano de 1989 - já de volta à Porto Alegre -, foi um criador compulsivo, na poesia e nas artes plásticas.
Mais sobre Pedro Escosteguy, ver nesse espaço aqui.
'Minhas construções de madeira se assentam numa semântica social onde revelo a perplexidade geral ante a corrida belicista.
Em sua execução, mobilizo uma semântica acessível aos meus próprios conhecimentos e possibilidades, auxiliada com o uso da palavra ou da frase, em busca de associações rápidas.'
Em sua execução, mobilizo uma semântica acessível aos meus próprios conhecimentos e possibilidades, auxiliada com o uso da palavra ou da frase, em busca de associações rápidas.'
Jogo (Roleta)
Corpo Estranho 1965 / VII Bienal São Paulo
Neo-realismo carioca
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Psicodrama / 1965 - VII Bienal de São Paulo
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Estória / O fim da Idade do Chumbo - Museu Arte Moderna RJ 1965
Fontes:
Escosteguy, Pedro Geraldo: poéticas visuais / Pedro Geraldo Escosteguy - Porto Alegre:
Ed. por Suzana Gastal, Ana Maria Albani de Carvalho e Soraya P. Rossi Bragança, 2003