20.7.12

IDADE MÉDIA: O REINO DA RELIGIÃO





A Idade Média compreende o milênio entre os séculos V e XV, aproximadamente desde a queda de Roma até o Renascimento. O período inicial é chamado Idade das Trevas, depois da queda do Imperador bizantino Justiniano (ano 565), até o reinado de Carlos Magno (ano 800).
Mas a Idade das Trevas foi apenas uma parte da História da Idade Média. Há muitos pontos de luz na arte e na arquitetura, desde o esplendor da corte bizantina, em Constantinopla, até a imponência das catedrais góticas.
Nessa época, o cristianismo triunfou sobre o paganismo e o barbarismo - os bárbaros destruíram o que levara 3000 mil anos para ser construído.
Uma vez que o foco cristão se dirigia para a salvação e para a vida eterna, desapareceu o interesse pela representação realista do mundo. Os nus foram proibidos e até as imagens de corpos vestidos revelavam a ignorância da anatomia. Os ideais greco-romanos de proporções harmoniosas e equilíbrio entre o corpo e a mente desapareceram. Os artistas medievais se interessavam exclusivamente pela alma, dispostos principalmente a iniciar novos fiéis nos dogmas da igreja.
Os teólogos acreditavam que os cristãos aprenderiam a apreciar a beleza divina através da beleza material, e o resultado foi uma profusão de mosaicos, pinturas e esculturas.
Na arquitetura também a arte medieval se formou de três estilos diferentes: o bizantino, romano e gótico.
Tanto os romanos como os bizantinos seguiam a tradição dos 'Mosaicos' ( montagem de cubos coloridos). Enquanto o Mosaico Romano era de cubos de mármore opaco, com acabamento liso e uniforme, cores limitadas à tonalidade de pedras, e usados em residências, com temas seculares inspirados em batalhas e jogos, e com paisagem ao fundo, o Mosaico Bizantino era feito de cubos de vidro brilhante, superfícies irregulares, e usados em paredes e tetos no adorno de igrejas, e sempre com temas religiosos. Normalmente o fundo era em azul.

ÍCONES
Melancólica como as imagens de mártires torturados não se pode falar em arte bizantina sem um olhar para os ícones. Eram pequenos painéis de madeira com imagens pintadas, supostamente com poderes sobrenaturais. As imagens são rígidas, em pose frontal e geralmente com olhar fixo. Acreditava-se que os ícones tinham propriedades milagrosas. Fiéis mais ardorosos os carregavam para a guerra, outros gastavam a pintura de tanto beijá-los. Tão forte se tornou o culto aos ícones que eles foram proibidos entre 726 a 843, por desobediência ao mandamento contra a idolatria.



MOSAICOS
Uma das maiores formas de arte, surgiu entre os séculos V e Vl em Bizâncio, já em poder dos turcos e em capital italiana, Ravena. Os mosaicos eram utilizados na propagação do novo credo oficial, o Cristianismo, portanto o tema era a religião em geral mostrando Cristo como mestre e senhor todo-poderoso. Uma suntuosa grandiosidade, com halos iluminando as figuras sagradas e fundo resplandecendo em ouro, caracterizava essas obras.
As figuras humanas são chapadas, rígidas e simetricamente colocadas parecendo estar penduradas. Os artesãos não se interessavam em perspectiva ou volume. Suas figuras humanas eram altas, esguias, com rosto amendoado, olhos enormes e expressão solene, olhando para a frente, sem o menor esboço ou movimento.
Mosaico Bizantino

Mosaico Romano

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Arte Comentada: da pré-história ao pós-moderno / ed. Ediouro
Rio de janeiro 2004 – Carol Strickland, Ph.D.

17.7.12

RUBENS GERCHMAN

O Beijo


- Tais Luso de Carvalho

Nasceu no Rio de janeiro em 1942 onde iniciou sua formação artística em 1957 no Liceu de Artes e Ofícios onde estudou desenho. Posteriormente entrou para a Escola de Belas Artes onde realizou suas primeiras exposições em 1960 e em 1961. Seus trabalhos, inicialmente, eram a xilogravura e serigrafia  que exploravam a vida cotidiana das grandes cidades, como futebol, concursos de beleza, política onde abordava, também, os dramas humanos documentando a realidade social. E com essas abordagens alcançava enorme sucesso nacional e internacional onde obteve o prêmio  Figuração Narrativa na Arte contemporânea de Paris, em 1965.

Em 1966 abandonou a serigrafia e xilogravura e parte para outros materiais como madeira, alumínio... e começou a planejar grandes construções para espaços abertos: as cartilhas superlativas onde deveriam ser postas em lugares predeterminados, como um enorme 'AR', de aço inoxidável que deveria ser colocado no alto de um edifício, contrapondo-se às antenas de televisão das montanhas da Guanabara.

Empenhado em manter uma comunicação cada vez maior com suas obras, Gerchman foi um artista que viu na palavra escrita o recurso para expressar melhor sua mensagem estética. Valeu-se de frases que completavam o significado das representações e quando a imagem não conseguia mais transmitir suas ideias, ele usava unicamente as palavras em criações monumentais destinadas à apreensão fácil e imediata por parte do público.

Contemplado com o prêmio adquirido no 16º Salão de Arte Moderna, em 1966, ganhou uma viajem ao exterior onde resolveu residir em Nova Iorque entre 1968 a 1972. Em 1978, viajou para os Estados Unidos com bolsa da Fundação John Simon Guggenheim.

Influenciado  pela Pop Art, Arte concreta e neoconcreta, tornou-se um dos principais representantes da Vanguarda carioca. Morreu aos 66 anos, em 2008, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, vítima de um tipo raro de câncer.

"Os problemas de linguagem pictórica são a preocupação de uma minoria, mas a guerra, o sexo, a moral, a fome, a liberdade são problemas de todos os seres humanos". (de Ferreira Gullar, seu amigo).

O Carro
Não há vagas / 1965

As Panteras / 1990
Viva a Vida


Lindonéia / 1996
Poesia Visual

- Enciclopédia Virtual Itaú
- Arte nos Séculos / abril cultural


18.6.12

Tomie Ohtake / A Dama do Abstracionismo


- Tais Luso 

Natural de Kyoto / Japão, Tomie nasceu em 1913, chegando ao Brasil em 1936, com 23 anos fixando-se em São Paulo e naturalizando-se brasileira em 1940. Só em 1952 iniciou seus estudos de pintura com o artista japonês Keisuke Sugano. Junta-se ao Grupo Seibi constituído de Shiró, Kaminagai, Manabu Mabe, Fukushima entre outros. Trabalhou com serigrafias, litografias e gravuras em metal.

Atualmente, Tomie com 98 anos está mostrando suas obras em Porto Alegre no Instituto Iberê Camargo - obras executadas com os olhos vendados, pintadas em 1960. Em Pinturas Cegas Tomie experimentou praticar uma pintura em que os outros sentidos aflorassem, baseando-se apenas no gesto e na intuição. Usou as cores azul, preto, cinza, marrom, vermelho e verde. O resultado final são telas estruturadas a partir de manchas e cores diluídas que se aproximam de um abstracionismo informal.

Estas Pinturas Cegas  são desconhecidas do grande público. Até 2011 não havia ocorrido uma exposição dedicada apenas a estas obras. Tomie teve, também, seu momento de figuração que aconteceu antes do seu abstracionismo. Depois da etapa das Pinturas Cegas, Tomie partiu para o abstracionismo mais gestual, marcado por grandes telas que exploravam a textura e o espaço.

Com 98 anos Tomie ainda pintava todos os dias, apesar de algumas dificuldades de movimentação. Em outras fases, Tomie conta que sua pintura teve momentos em que a razão ocupou momentos destacados. 

Segundo a artista 'a abstração é uma presença em muitas diferentes correntes de arte, O seu vigor continua a existir, de acordo com a época'.

Realizou diversas obras públicas, como o painel do edifício Santa Mônica, em São Paulo; a escultura Estrela do mar, na Lagoa Rodrigo de Freitas / R.Janeiro; a escultura em homenagem aos 80 anos da Imigração japonesa no Brasil; painéis para o Memorial da América Latina.

Participou do Salão Paulista de Arte Moderna, diversas Bienais de São Paulo e de várias Bienais Internacionais como as de Veneza, Medellin e Havana. Realizou várias exposições individuais no Brasil e no exterior.

À seu respeito, escreveu Clarival de Prado Valladares:

'De acordo com alguns críticos, a pintura de Tomie Ohtake corresponde a um dos pontos mais elevados do abstracionismo já produzido no Brasil. (…) Quando observamos as grandes manchas das telas de Tomie Ohtake percorrerem quase o imensurável das variações tonais de uma cor básica, ocupando uma superfície como se um todo universo se resolvesse naquela experiência e naquele momento, sentimo-nos bem próximos de uma exegese da pintura'.

Pinturas Cegas 1960
Pinturas Cegas 1960
Pinturas Cegas 1960
Sem nome 1963
1971
1982
1979

1976


O INSTITUTO TOMIE OHTAKE, erguido na mais importante cidade da América Latina, São Paulo, tem como proposta apresentar as novas tendências da arte nacional e internacional, além daquelas que são referências nos últimos 50 anos, coincidindo com o período de trabalho da artista plástica que dá nome ao espaço, Tomie Ohtake.

Inaugurado em novembro de 2001, o centro cultural ocupa uma área total de 7.500m2. Para exposições conta com sete salas distribuídas em dois grandes pisos, um dos quais abriga ainda o setor educativo, com quatro ateliês, espaço para seminários, área de documentação e um Grande Hall, onde estão instalados o restaurante Santinho, a livraria Gaudi e a loja de objetos IT.


Instituto Tomie Ohtake / São Paulo


'Eu nunca pintei com o emocional. Sempre pintei mais friamente. É sempre colocando camada, camada, camada. Colocando muitas cores, camada, camada, até chegar onde eu quero. O gesto era bem mais calmo, caía sempre  sobre a tela e seguia uma direção que era mais mental'. (Tomie)

Radicada no Brasil desde 1936, morreu aos  101 anos em São Paulo, deixando uma obra única, com sua marca. Pintou até poucos dias antes de falecer em fev de 2015 / São Paulo. 



10.6.12

ROMERO BRITTO: A MARCA DA ALEGRIA


Spanish Sensation

- Tais Luso de Carvalho

Trago aqui, com muita satisfação, o artista brasileiro Romero Britto que nasceu em 1963 - Pernambuco. É muito difícil postar Romero por suas inúmeros obras - difícil de escolher -, e também falar de seu lindo trabalho beneficente e por vários prêmios recebidos por sua postura humanitária.

Artista autodidata, em 1983 começou a combinar o cubismo de Picasso com o pop de Andy Warhol. Segundo o The New York Times da obra de Britto emana otimismo, calor e amor.
No ano de 1988 Britto muda-se para Miami para impor-se como um artista internacional. Este brasileiro é um dos mais conhecidos artistas contemporâneos do mundo.  Coloca a cor na vida e tenta fazer com que cada dia seja mais brilhante. Seu estilo é inconfundível.

Chegando nos Estados Unidos, foi lavador de carros, cortador de grama, vendia sanduíches; e à noite pintava. E ao vender suas obras na rua foi descoberto por uma famosa marca de Vodca. Daí para fama foi um pulo.

No ano seguinte, juntamente com Andy Warhol e Keith Haring é selecionado para a Absolut Art de uma campanha publicitária. Cria cartazes para eventos importantes e seu trabalho é conhecido em museus e galerias em mais de 100 países. Inúmeros trabalhos publicitários para Coca Cola, Disney, IBM, Apple...

Doa tempo, trabalho e recursos para mais de 250 organizações beneficentes do mundo. Britto falou no Fórum Econômico Mundial de Davos e em inúmeras escolas e instituições. A marca Romero Britto está licenciada para automóveis, roupas, utensílios, malas, bolsas em tudo o que se possa imaginar.

Britto vendeu suas obras a várias celebridades, entre algumas... Andre Agassi, Ted Kennedy, Madonna, Bill Clinton, Carlos Mennem, Michael Jordan, Paloma Picasso, Arnold Schwarzenegger, Eilen Guggenheim, David Caruso, Pelé, Marta Stewart, família Safra, família Roberto Marinho... Um mundo de alegria na residência de cada um.

A ingenuidade de sua obra é o ponto forte. Sua arte é cativante, colorida, positiva e eleva. Está aí para alegrar as crianças e adultos. É considerado um artista altamente realizado, com trabalhos notáveis de arte em todo o mundo.  
'No final está o site do artista para os que quiserem saber bem mais do que postei'.

Clicando nas fotos terá o zoom de todas. 
The good life                                       American eagle
Duke e Grace                                  Corações
  Warner Center - Nova York                   Miami Land Shark stadium
Restaurante no México                       escultura 'Sincero'
                            
       Michael Jackson                         Dalai Lama
  Adolescente       
                               
Com a princesa da Dinamarca
Fim da Inocência                  Cheek to cheek

CLIQUE NO ... Site Romero Britto  

VEJA VÍDEO


29.4.12

RENASCIMENTO E PINTORES / 2ª PARTE

Nesta obra Botticelli  mostra ritmo, movimento e leveza

Tais Luso de Carvalho


Na antiguidade a pintura era vista como um ofício, o que era comum em todas as artes. Os mestres pintores recebiam encomendas importantes e tinham de executar quadros num tempo limitado, com conteúdos pré-definidos e destinados a um fim pré-determinado. Mas, há cerca de 700 anos os pintores começaram a lutar pela liberdade criativa,   a  lhes emprestar um conteúdo que não se limitasse ao motivo principal, apenas.

Na Renascença, a pintura é enriquecida de novo processo técnico – o processo a óleo, mais prático do que os processos conhecidos dos afrescos, têmpera e encáustica. O homem desta época já é um homem moderno, de espírito racionalista e mentalidade científica. Enquanto a ciência da Idade Média era a Teologia, isso é, o estudo e o conhecimento de Deus, a ciência da Renascença era o Humanismo, o estudo e o conhecimento do homem. Esta visão encontra-se documentada pela primeira vez na pintura de Giotto di Bondone.

A pintura renascentista caracteriza-se pela aplicação de leis matemáticas e princípios geométricos na composição; vemos isso na 'Ceia' de Leonardo e na 'Transfiguração' de Rafael. Pelo realismo visual e pelo reaparecimento da representação do espaço e do volume, através da perspectiva científica e o claro-escuro, ignorados desde a antiguidade.

Embora representando temas religiosos a pintura renascentista não é mística, simbólica nem deformadora, mas realista e de inspiração realista e profana. As teorias artísticas renascentistas fundaram-se no conhecimento e estudo das obras da antiguidade clássica greco-romana que na época começaram a ser descobertas e admiradas pela iniciativa de príncipes e papas protetores das artes.

O espírito do humanismo, a atenção e o interesse que começava a manifestar no povo, também se fez sentir no aparecimento de um novo gênero: 'o retrato'. Os pintores renascentistas começaram por se concentrar na possibilidade de individualização: ou seja, do rosto. Os pormenores eram registrados fielmente. A utilização mais usada, a princípio, era o perfil, pois partia-se do princípio que era a forma que oferecia menos possibilidades de variar e atenuar, podendo corresponder à maior exatidão. Assim foram os primeiros retratos renascentistas, muito parecidos com as moedas e medalhas antigas, que os artistas da época estudavam exaustivamente.

Masaccio foi o primeiro pintor a reconhecer o que a descoberta da perspectiva significava para a pintura. Em 1427, executou na igreja Santa Maria Novella, um fresco da Santíssima Trindade que chocou os fiéis. A ilusão de espaço que parecia real contrariava totalmente os hábitos visuais vigentes até então. Os fiéis pensavam que o pintor tinha feito um buraco na parede que mostrava uma capela vizinha.

Piero della Francesca, também foi um dos primeiros pintores do Renascimento italiano a reconhecer o poder harmonizante da luz e a sua importância para os fenômenos materiais e da cor.
Com a Flagelação de Jesus Cristo mostra que a ação principal se desenrola num salão com colunas ao fundo do quadro, enquanto que em primeiro plano se vê um grupo de homens.

Sandro Botticelli mostra que sua pintura deixa de ser estática, ganhando movimento de uma forma nunca vista. Nascimento de Vênus, representa um tema mitológico, nascida da espuma das ondas – deusa da beleza e do amor -, ergue-se de uma concha (símbolo da fertilidade), conduzida pelos deuses do vento sobre o mar movimentado até a margem onde é envolta num manto vermelho por Flora, deusa das flores. Os cabelos esvoaçantes e os trajes dão uma leveza agitada ao quadro.

Andrea Mantegna, com 'A Deposição de Cristo', é igualmente a prova como os pintores do Renascimento contribuíram para esse desenvolvimento alucinante que só levou um século, elevando-se em voos artísticos cada vez mais audazes. O que é fascinante nessa obra é a inserção do observador na composição. Mostra um Cristo dramático, escorço. O corpo parece alongar-se para dentro do espaço.

Leonardo Da Vinci é o protótipo do homem criativo renascentista, o homem universal. Não só foi o inovador da pintura, como também possuía vasto conhecimento relativamente a todos os campos das ciências da época, assim como da técnica e da arquitetura. As suas obras influenciaram muitos artistas através dos séculos. Cito sua Mona Lisa – pequeno quadro, 77 x 53 cm, pintado em 1503.

Miguel Ângelo Buonarroti é o espírito que aperfeiçoou o Renascimento e cuja obra mostra a grandeza e o drama da época como em nenhum outro artista. Seus trabalhos de pintura, escultura e arquitetura constituem uma unidade cuja figura central é o ser humano criador, a sua força e o seu sofrimento. Para Miguel Ângelo a criação artística era uma espécie de religião universal, um instrumento para a percepção do homem como ser e do mundo que o envolve. Cito 'A Criação de Adão' , Capela Sistina / 1508.

Ticiano, em 'A Vênus de Urbino' mostra o contraste com o fundo escuro. Os traços individualizados da modelo, representação viva do corpo na pintura de tons quentes, reveste a obra de um caráter extremamente íntimo.


Antonio Del Pollaiuolo / séc 15 - perfil
Santíssima Trindade / Masaccio - 1427
 Federico Montefeltro / Sandro Botticelli
A Transfiguração / Rafael Sanzio

de Giovanni Bellini  
Retrato 'O Doge Leonardo Loredan' - 1505

Ticiano / Vênus de Urbino - 1538


O RENASCIMENTO / 1ª PARTE

Referências: História da Pintura / ed. Hönemann
Renascença / História Universal - ed. José Olympio
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22.3.12

PAUL CADDEN / O Hiper-realista

São 'desenhos' a lápis

Paul Cadden nasceu em Glasgow / Escócia - de 48 anos. Atualmente está com exposição numa galeria de Londres – Plus One. Sua obra é hiper-realista, tão realista que se confunde com fotografia.

Estudou desenho em Glasgow College of  Building and Printing de 1982 a 1986.
De 2001 a 2003 estudou Animação e Ilustração em James Watt College.

Desenha desde os 6 anos e diz, em seu site, que seu objetivo é intensificar o real. Verifiquem os detalhes nos rostos das pessoas...

O  desenhista Paul,  desenha a lápis ou grafite; seus trabalhos se parecem com fotos e cada um leva de 3 a 6 semanas para ficar pronto.

Embora os desenhos que faz são baseados em fotos, vídeos, alambiques etc, a ideia é ir além da fotografia acentuando os detalhes imperceptíveis ao olho nu. Ele intensifica, sai da normalidade vista; transpõem-se à fotografia.

Esses objetos e cenas em seus desenhos são meticulosamente detalhados para criar a ilusão de uma nova realidade nunca vista em foto original. O estilo hiper-realista se concentra muito mais na sua ênfase, no detalhe dos sujeitos retratados.

Seu trabalho, em pinturas e esculturas não são rigorosas interpretações de fotografias, nem são ilustrações literais de uma determinada cena ou assunto. Em vez disso, ele utiliza adicionais, muitas vezes sutis, elementos pictóricos para criar a ilusão de uma realidade que na verdade não existe ou não pode ser visto pelo olho humano.

Serve-se de problemas emocionais, culturais e políticos para composição de suas obras.
Um porta-voz da galeria disse ao jornal que, à primeira vista, as imagens parecem mesmo com fotografias. 'Mas, vendo-as ao vivo, de perto, você percebe que é um desenho. Os detalhes são incríveis'. Algumas de suas obras custam perto de R$ 15 mil .


clique nos desenhos


Lápis... Olhe os detalhes...
Desenhos com lápis
clique ...

Plus One Gallery (Londres) onde estão seus trabalhos.

Fontes: BBC   
Site do Artista: aqui