Moça com livro - 1879 / Almeida Júnior
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Tais Luso
José
Ferraz de Almeida Júnior nasceu em 8 de maio de 1850 na cidade de
Itu / São Paulo. Um dos mais representativos precursores do
modernismo no Brasil morreu tragicamente assassinado
nos braços de sua
amante, mulher de seu assassino (seu primo),
no
Largo
da Matriz de Piracicaba/São Paulo, diante da família, de crianças e de alguns
estranhos.
Aspectos
da vida particular de
Almeida Júnior tornam-se curiosos à medida que sua morte foi
ocultada por dezenas
de anos pelas famílias envolvidas na tragédia.
Sua
obra Saudade
foi
pintada meses antes de sua morte. Trata-se de uma moça, de luto, que
chora a morte do marido
enquanto
contempla sua fotografia. Premonição?
A
linguagem
acadêmica e a visão quase fotográfica que se revelavam nos quadros
do artista, situam-no como um pintor convencional. Entretanto a
originalidade do tema, captando a realidade brasileira de cenas
caipiras, mostram um certo espírito renovador, antecipando o ideal
dos modernistas, animando-os.
Portinari
inspirou-se em Almeida
Júnior
para criar sua temática da pintura nacional. Cresceu como
grafiteiro, inventando
pinturas nos
muros da cidade. Regionalista
não aderiu ao movimento impressionista, mantinha-se dentro do
atelier, com
seu trabalho acadêmico
realista.
Seus
mestres foram Jules le Chefrel, Pedro Américo e Vitor Meireles. No
Rio de Janeiro ingressou na Academia Imperial de Belas Artes. Porém,
no ano de 1876, o Imperador D. Pedro II, fascinado com o seu
trabalho, deu-lhe uma bolsa para a École Naturale Superieure des
Beaux-arts, onde tornou-se aluno de Alexandre Cabanel, um dos mais
renomados pintores da época, permanecendo em Paris até 1882. Em
1873 voltou ao Brasil abrindo seu atelier em São Paulo. E, em 1884
recebeu o prêmio concedido pelo governo Imperial, A Ordem da
Rosa.
Em
1897 expõe em São Paulo a grandiosa Partida da Monção,
obra que lhe custou dois anos de
trabalho.
Seu
nome permanece vivo no cenário artístico brasileiro, através de
inúmeros trabalhos onde suas composições se desenvolveram em
curvas amplas e superfícies imersas em luz, traduzindo o
encantamento das paisagens do interior.
Apaixonado pelas mulheres e pela pintura, a verdadeira história de sua morte foi desenhada e colorida na clandestinidade de amores e romances atormentados. Isso torna até compreensível sob o aspecto emocional, sua morte de aventureiro - assassinado em praça pública, no dia 13 de novembro no ano de 1899, aos 49 anos.
Apaixonado pelas mulheres e pela pintura, a verdadeira história de sua morte foi desenhada e colorida na clandestinidade de amores e romances atormentados. Isso torna até compreensível sob o aspecto emocional, sua morte de aventureiro - assassinado em praça pública, no dia 13 de novembro no ano de 1899, aos 49 anos.
Clique nas fotos para aumentá-las
Picando o fumo / 1893 Saudade / 1899
Leitura / 1892
Descanso do modelo / 1882
O Violeiro / 1899
O derrubador brasileiro / 1879
Referências
e fotos / Pintura
no Brasil / Abril Cultural / Dicionário
Oxford / Dasartes
/ Artes visuais em revista.