A Epopéia da Civilização Americana / Dartmouth
- Tais
Luso
José
Clemente Orozco, pintor mexicano, nasceu em 1833 em Guzmán e faleceu
em 1949, cidade do México. Desenhista de arquitetura, litógrafo e
pintor estudou na Academia San Carlos. Após a Revolução mexicana
iniciada em 1910 – movimento anti-latifundiário e
anti-imperialista – Orozco tornou-se caricaturista e ligou-se aos
artistas Rivera e Siqueros, formando o trio dos pintores de Vanguarda
- social e politicamente engajados. Em seguida compôs cartuns
políticos e cenas de bordel, numa veia de sátira social. Datam da
mesma época seus famosos desenhos em aquarela, O México em
Revolução, que tinha como objetivo provocar no povo analfabeto,
profundas reflexões.
Seus
grandes murais, de perspectivas dramáticas e trabalhados em tons
fortes, retratam o sofrimento do povo indígena do México ao longo
da conturbada história do país. Em 1922 deixou as aquarelas para
se dedicar aos afrescos. Desiludiu-se com o Socialismo por causa da
carnificina causada pela revolução mexicana 1910-1921.
Em
1927 Orozco se mudou para os Estados Unidos onde viveu até 1934. Bem
sucedido nessa época recebeu encomendas para criar vários murais,
entre eles O Épico da civilização americana
1932 – 1934 e que retrata a história das Américas desde a
imigração dos astecas para o México até a sociedade
industrializada contemporânea. Os 24 painéis do mural cobrem 297 metros.
De
volta ao México produziu suas melhores obras, como um Homem de
fogo – 1936-1939, sua indiscutível obra-prima.
A
arte de Orozco, ao mesmo tempo realista e monumental, tratada em
grandes planos, em cores muito vivas, com luzes dramáticas, parece
inspirada, em parte, pela escultura pré-colombiana. Ele era,
sobretudo, animado por uma paixão social e política que atingia um
lirismo épico impressionante.
La Trinchera
katharsis
O Homem de Fogo
Mural Palácio de Jalisco
Palácio do Governo