-
Tais Luso de Carvalho
Beatriz
Milhazes, nasceu
no Rio de Janeiro em 1960. É pintora,
gravadora e
ilustradora e professora.
Iniciou-se
em artes plásticas em 1980, na Escola de Artes Visuais do Parque
Lage (EAV), fundada
por Rubens Gerchman, em 1975. A
Escola é referência
nacional no ensino das artes, localizada em um parque nacional de
mata Atlântica,
numa
casa
de estilo eclético construída em 1920. Este espaço pertence à
Secretaria de Estado de Cultura.
No
período de 1984, no
Parque
Lage,
aos
24 anos, participou do movimento
Como
vai você, Geração 80?
- onde
mais de 100 artistas questionaram a ditadura militar, e
como um desabafo expressaram-se
de diversas maneiras. Lá, Beatriz lecionou após ser aluna.
A
cor tornou-se um elemento da maior importância na obra de Beatriz
Milhazes, acompanhada de círculos – onde é a ideia central de
suas obras, por onde tudo começa, interagindo com geométricos,
quadrados, flores, arabescos e listras, onde a composição torna-se
alegre e bela.
Vê-se
em suas obras um comprometimento com a arte popular brasileira, a
arte aplicada; também com o construtivismo, um movimento do início
do séc. XX que baseava-se na ideia de que a arte deveria ser
construída com elementos geométricos e materiais modernos, em vez
de imitações.
Suas
obras se impõem em qualquer ambiente, por serem muito coloridas,
muitos cortes, muitos preenchimentos, muitos acontecimentos que
ocorrem na trajetória de seu trabalho. É uma mistura de fauna e
flora, de carnaval, de modernismo, de ornamentos, de arquitetura
barroca a objetos de art-déco, lembrando intensamente os trópicos.
Tudo se encontra alegremente misturados em suas colagens e conta, a
artista, que sua inspiração veio muito de Mondrian, Matisse, Tarsila do Amaral e Burle Marx.
Num
trabalho minucioso, Beatriz Milhazes trabalha no máximo dez obras
por ano, onde a lista de espera por suas obras é grande.
Ao
longo dos anos participou de Bienais em São Paulo e Veneza. Seu
currículo apresenta obras nos acervos dos museus Moma, Guggrnheim e
Metropolitan em Nova York; também na Fundação Calouste Gulbenkian
(Lisboa) e na Fondation Cartier (Paris), Century Museum of
Contemporary Art (Kanazawa, Japão), além de dezenas de coletivas
desde 1983 nos Estados Unidos e em diversos países da América do
Sul e Europa, como tantas outras exposições individuais em vários
países.
Sua
obra O Mágico, pintada em 2001, foi
vendida em um leilão da Sotheby’s, em Nova York (2009), por
cerca de R$ 1,6 milhão; sua tela O Moderno foi comprada em
Londres por R$ 1,8 milhão pela Phillips de Pury & Company. E, em
2012, a obra Meu Limão foi vendida por 2 milhões de dólares
na Galeria Sotheby's.
- clique nas fotos para aumentar -
O Mágico
Painéis no metrô de Londres - 2005
Janelas da Pinacoteca São Paulo 2008 - obra de Beatriz Milhazes
Escola Parque Lage - Rio de Janeiro
Veja mais obras no vídeo e a Exposição em Fortaleza até 24 de Maio de 2015