- Tais Luso
Pedro
Alexandrino nasceu na cidade de São Paulo em 1856.
Em 1939, a Exposição Nacional do Rio de janeiro concedeu seu prêmio máximo a um artista de 83 anos: Pedro Alexandrino Borges. A premiação além de um reconhecimento pelo valor do trabalho apresentado, expressava também a admiração do público e da crítica especializada por uma vida inteiramente dedicada à arte.
Em 1939, a Exposição Nacional do Rio de janeiro concedeu seu prêmio máximo a um artista de 83 anos: Pedro Alexandrino Borges. A premiação além de um reconhecimento pelo valor do trabalho apresentado, expressava também a admiração do público e da crítica especializada por uma vida inteiramente dedicada à arte.
Com
apenas 11 anos, em 1867, o garoto paulista Pedro Alexandrino
iniciava-se na pintura trabalhando com Claude Joseph Barandier,
artista francês. Sua primeira obra – um retrato – foi executada
um ano depois, iniciando-se assim uma carreira que continuaria até
1942, ano de seu falecimento.
Durante
muito tempo Pedro Alexandrino trabalhava sucessivamente com diversos
outros pintores brasileiros e franceses – em decoração.
A
partir de 1880, Alexandrino recebeu lições regulares de desenho
com o pintor João Boaventura Cruz, e logo em seguida começou a
trabalhar sozinho em decoração, restaurações, painéis e outros
trabalhos de pintura.
O
contato com o grande pintor Almeida Jr., com quem passou a trabalhar
e estudar em 1882, foi decisivo para sua arte. Foi com o grande
mestre que seu gosto pela natureza- morta se acentua, e através de
sua influência que conseguiu, finalmente, uma pensão para estudar
na Europa, partindo para Paris em 1896, depois de cinco anos de
estudos na Imperial Academia de Belas-Artes do Rio de Janeiro.
Os
longos anos de sacrifício, estudo e dedicação foram proveitosos:
na Europa Alexandrino estudou na Academia Cormon e com Antoine
Vallon. Expôs, com regularidade no Salon des Artiste Français e em
Baden-Baden, Veneza, Versalhes e Mônaco, sendo premiado nas duas
últimas. E ainda agraciado com a Legião de Honra e a comenda da
Coroa da Itália, figurando como artista de mérito da Academia de
Gênova.
Voltando
ao Brasil, em 1913, Pedro Alexandrino passou a viver exclusivamente
de seus quadros e de aulas de pintura. Entre seus alunos estavam
Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Aldo Bonadei.
Apesar
de ter sido um pintor contemporâneo ao impressionismo e de ter
assistido ao desenvolvimento da arte moderna, Alexandrino manteve-se
fiel à sua arte: a natureza morta, às pesquisas sobre a matéria,
com sua veracidade de brilho, opacidade e relevo.
Morreu
em São Paulo no ano de 1942 de broncopneumonia. Foi um dos mais destacados artistas desse gênero.
A copa - Museu Nacional de Belas Artes
Metal, cristais e abacaxi
Composição: Jarra de metal e bananas
Aspargos
Natureza-morta / coleção particular
(Referências: Pintura
no Brasil / Arte nos Séculos – Abril Cultural)