
Giorgio
De Chirico (1888 -1978). Nasceu em Vólos, Grécia e faleceu em Roma,
Itália. Criador da pintura metafísica, estudou em Munique onde
sofreu influência de Böcklin e Kliger. Esta pintura caracteriza-se
por imagens misteriosas, ilógicas e sugestões de alucinações,
conseguidas com efeitos de um uso típico da luz e da perspectiva. É
a negação do real. As figuras são solitárias, misteriosas num
ambiente sempre melancólico.
A
figura humana é meio homem, meio estátua. Colunas, torres, praças,
monumentos neoclássicos, chaminés de fábricas são obras que
aparecem lá por 1909-1910, na Itália, criando inquietude e
mostrando espaços vazios e sombras ilógicas.
No
ano de 1915, De Chirico foi convocado para as Forças Armadas e
mandado à Ferrara, sofrendo um esgotamento nervoso. Em 1917 conheceu
Carrá no hospital de campanha e fundaram, juntos, um movimento, o da
pintura metafísica.
Opondo-se
a algumas tendências de vanguarda do século XX, De Chirico sofreu
influência da arte do passado, principalmente o período do
Renascimento Italiano. De Chirico passou sua juventude na Grécia e
Itália. E, foi em Florença que foi influenciado pelas obras de
Giotto (1267-1337) e pela pintura toscana clássica, criando
perspectivas e arcos.
O
movimento não durou muito, embora De Chirico tenha sido aclamado
como precursor pelos surrealistas. Não levou muito tempo para negar
toda sua obra anterior e tomar posição contra a arte moderna.
Na
década de 20 pintou suas obras mais significativas, uma série de
figuras de cavalos em praias irreais, porém tornou-se repetitivo e
obcecado pelo refinamento da técnica.
No
Brasil, podemos notar influência De Chirico nas obras de Hugo Adami
(1899-1999), Tarsila do Amaral (1886-1973), Di Cavalcanti
(1897-1976), Candido Portinari (1903-1962) e Milton Dacosta
(1915-1988). Ainda, na fase metafísica, Iberê Camargo (1914-1994),
estuda com De Chirico.
O
quadro ‘O Enigma de um Dia’ – 1914 -, foi um referencial do
surrealismo nos anos de 1924 a 1935. Este quadro esteve, durante esse
período no apartamento de André Breton, o pai do movimento
surrealista.


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Édipo e la Sfinge / 1968 |
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