24.5.15

JOAN MIRÓ E EXPOSIÇÃO EM SÃO PAULO





Domingo 24 de maio de 2015, abre a maior exposição em São Paulo (e no Brasil), do artista Joan Miró. São 112 obras, entre elas, algumas do acervo pessoal.
Essa exposição fica em cartaz até o dia 16 de agosto no Instituto Tomie Ohtake, com desenhos, gravuras, além de fotografias sobre a trajetória do pintor catalão.
O neto de Joan Miró, Joan Punyet Miró organiza as exposições do artista, que se tornou uma referência da arte moderna do século XX. Com o passar dos anos Miró deu vida e sentimento às obras através das cores. As obras foram escurecendo, principalmente com as perdas de amigos como Picasso e Dalí.  

Encanto do Renascer - 1941


Joan Miró, pintor, artista gráfico, projetista e ceramista nasceu em Barcelona em 1893. Suas pinturas são inconfundíveis, cheias de símbolos e signos.

Miro foi uma criança introvertida e colecionava plantas e pedras. Sua visão, como artista, estava mais direcionada no firmamento, nos pássaros e nas mulheres. Isso se verifica na série Constelações, composta por 23 obras, onde tudo aparece individualizado, mas simultaneamente entrelaçados por uma sutil ‘teia de aranha’. 

Na adolescência foi auxiliar de escritório numa loja de remédios em Barcelona. Em 1911, debilitado por ter contraído febre tifoide, foi para uma região montanhosa da Catalunha onde sua família tinha propriedade. Na doença, contrariando seu pai resolveu dedicar-se às artes. E aos 27 anos foi para Paris, onde conheceu Picasso e outros nomes de vanguarda.

O encontro com o surrealismo aconteceu 4 anos depois quando conheceu o pintor francês  André Masson. A tela O Carnaval do Arlequim - 1924 - marca a passagem influenciada pelo fauvismo e dadaísmo para uma linguagem de símbolos, grafismos, a fosforescência das cores alegres, elementos livres, divertidos e lúdicos. Após ter sido apresentado aos surrealistas por Masson, incorporou, também, elementos do acaso em suas pinturas. A arte de Miró é mais alucinatória que onírica (referente aos sonhos).

Seus quadros do começo da década de 1920 trazem marcas das visões que experimentou em épocas de pobreza e fome. Suas complexas paisagens são habitadas por estranhos seres feitos de hastes e amebas. As cores fortes e as formas fantásticas também são típicas do estilo de Miró; Hirondelle Amour é uma das quatro pinturas preparatórias para tapeçaria produzidas durante o período que marcou seu retorno à pintura após trabalhar em colagens e criações baseadas em obras primas holandesas.

Suas primeiras obras sofreram influências de vários movimentos modernos – fauvismo, cubismo e dadaísmo, porém era associado ao surrealismo cujo manifesto assinou em 1924. 

Sua força criativa vinha da liberdade de seu inconsciente. Segundo Breton, Miró foi o mais surrealista de todos. Embora sua obra tivesse muito de lúdica, a guerra civil espanhola não deixou de influenciar algumas de suas pinturas, deixando-as mais sombrias e até atormentadas, que o artista retrata em momentos difíceis e tristes de sua vida: a Espanha - sob a ditadura de Franco; a Europa ocupada pelos nazistas; seus amigos perseguidos na França ou exilados na América.

Em 1940 volta à Espanha - para escapar da invasão alemã – e a partir daí, em Majorca, trabalha com cerâmica. 

Nos Estados Unidos, trabalhou no mural em Cincinnati, no ano de 1947; em 1950 num mural para a Universidade de Harvard; em 1958 em dois murais de cerâmica: ‘O Mur du Soleil e ‘Mur de la Lune – edifício da UNECO, em Paris. Neste período envolveu-se, também, com litografia e com projetos de vitrais, já com 80 anos. Veio a falecer em Barcelona em 1983, aos 90 anos.


 
Horse, Pipe and red flowers


Decifrando o desconhecido

 
Hirondelle Amour





Mais sobre Miró clique aqui - Fundação Joan Miro    - Em Barcelona 

                 




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